sábado, 19 de julho de 2008

Merlin

Lendo, pensando e sentindo
O amor invade o interior
Tão suavemente...

Transborda a emoção
Confundem-se os sentidos
Tempestade de fulgor

A paixão deve ser domada
Compreendida, delicada
Evitando-se confusões
Aborrecimentos e ilusões
Que acontecem frequentemente
Pela falta na lida do sentir
Que esquece responsabilidades
Desconfianças...

O apaixonado crê na pessoa amada
E se esquece que por ela
Pode ser acorrentado
Num feitiço eterno
Perdido mais uma vez
Por um amor sem fim

Choro...

Choro interiormente
A angústia,
A inconformação
Não entendo como pôde
Como pôde maltratar tanto
Meu coração
Me enganei com a espera
Com a luta por um amor incondicional
Que não podia dar nada
Nada além de Ilusão, que é normal
Me senti triste muitas vezes
Chorei demais
E me achava capaz
De enfrentar este turbilhão
Que está à sua volta
Te cegando
Te jogando no chão
Queria tanto te resgatar
Com minha maneira
Tentava e nada
Comecei portanto a aceitar
A sua maneira
O que de vez em quando sentia
O que queria
No meio da sua confusão interior
Descobri a grande besteira
Tentar te resgatar do turbilhão
É o aprendizado da vida
Amar e aceitar em contrapartida
A solidão

Abandono...


Você me deixou
Partiu sem dizer nada
Não pensou no valor
Do sentimento que nasceu
Dentro de mim e de você


Por questões banais
Desistiu
Não se importou com o conjunto
Dos momentos felizes e intensos
Qeu vivemos
Pra você foi em vão?
Uma grande dor me invadiu
A dor do abandono
Da desconsideração

Não disse nada
Não quis nada
Nem um palavra
Nem um consolo
Nenhum pedido de perdão

Se no íntimo sente que errou
Simplesmente comigo não se importou
Me ignora
Me descartou
Mas dentro de mim
Não se apaga a intenção
De te ver de volta
No caminho
Sorrindo
Aceitando a sua vida
A sua condição